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isto não é uma anedota ;)

31.12.14
A tarde de fim de ano foi passada a andar pelos vários casinos de Macau a fazer tempo para o horário deste magnifico espetáculo http://thehouseofdancingwatermedia.com/?page_id=23.
Enquanto andávamos pelos vários corredores de um dos centros comerciais houve uma zona que nos chamou a atenção porque na altura estavam a subir uma rede cheia de balões até ao tecto.
perguntei a um dos elementos da equipa de montagem o que era, ele respondeu:
- Condom paty
devo ter aberto os olhos e feito "cara de ponto de interrogação"...
ele nessa altura voltou a repetir:
-yee, condom paty, 5,4,3,2,1

afinal era uma countdown party, fiquei aliviada!

feliz ano 2015 para todos!
beijo.sara

Macau - 2

23.12.14
Os chineses adoram jogar, adoram apostar, são viciados no jogo, há mesmo uma anedota que diz que basta 2 chineses encontrarem-se nem que seja á porta de um elevador e logo apostam quantas pessoas estarão dentro dele quando as portas abrirem.

Ora o jogo é proibido em todo o território da China, com excepção de Macau, (penso que esta terá sido a maior dádiva que os Portugueses deixaram ao comum dos Chineses),juntem isso ao facto de neste momento a China ter uma das maiores percentagens de milionários e…

Macau é como que uma mistura de Dubai com Las Vegas, é o Disney World de qualquer pessoa com muito dinheiro e de preferência que goste de o apostar nos casinos, e há muitos casinos em Macau, na verdade há 30 casinos numa minuscula parcela de terra e a cada um normalmente corresponde um hotel de luxo e um centro comercial exuberante onde as lojas mais caras estão lado a lado, todas cheias de compradores, é possível entrar por um hotel e sair no casino de outro hotel passeando pelos corredores das lojas de ambos e assim passar horas e dias...

Não tínhamos vindo de Portugal para ver isto, na verdade se há coisa que não gosto é de centros comerciais, mas no ultimo dia de 2013 pareceu-nos um bom programa passar a tarde a percorrer meia dúzia destes “pedaços de mau caminho” fazendo tempo para um programa especial de fim de dia que estava há muito reservado, mas sobre isso é preciso escrever outro post.
Já tinha visto fotos de alguns desses lugares, mas tenho a dizer que fiquei mesmo admirada com tanto luxo e ostentação.
Passa-se dos corredores com lojas para o espaço do casino sem dar por isso e vice versa, só a placa de proibido fotografar e alguma segurança mais visível fazem a diferença.
Nos casinos as pessoas acotovelam-se e disputam um lugar nas mesas de “Baccarat”, o jogo favorito de James Bond e pelos vistos dos chineses, no centro de um dos casinos havia uma loja da marca Rolex com 2 pisos, contei 16 funcionários.
Vi uma mesa de Pocker com mais de 200 jogadores onde se dava o jogo no centro, visível por ecrã gigante e os apostadores rodeavam esse ecrã e apostavam nos seus lugares por ecrã táctil. 
De ambas as situações não há foto, regras do casino :(
O que se ganha no jogo convém que seja  trocado de modo a poder passar “legalmente” para a china.

Gondolas que vieram de Veneza passeavam por canais no interior de um hotel/centro comercial.

Chão de mármore, cristais, casas de banho com paredes forradas a seda, tudo á possível quando o dinheiro abunda.




Não há “praça da alimentação”, há restaurantes com estrelas Michelin!

Vi tudo isto e no fim do dia fiquei com a sensação que esta parte de Macau era apenas uma gaiola dourada para alguns.
beijos.sara.


Macau - parte 1

21.12.14
As expectativas eram altas, um canto de Portugal ali, no meio da asia, como seria?
Chegamos já noite, depois da surpresa de Hong Kong, limpa, sem carros a buzinar e organizada, Macau seria ainda melhor, ou não?


O Cais onde apanhamos o “super barco” era um centro comercial com bilheteiras, o mesmo se passou na chegada a Macau mais de uma hora depois, novamente lojas e mais lojas e num cantinho estava a bilheteira e esta indicação que nos obrigou a soltar uma gargalhada!

Marcamos a hora do barco de regresso 3 dias depois, ouvi que não falta muito para poder ser possível ir de Hong kong a Macau através de uma ponte, será uma das maiores do mundo, mas nisso já os chineses são peritos!
O taxista era 100% chines, daqueles que nas lojas em Portugal não sabem dizer uma palavra e sorriem, sabem?
Este não sorriu, não sabia ler a morada do hotel, olhou para o mapa onde eu á cautela o tinha assinalado e virou o papel “de pernas para o ar”, mau sinal pensei eu.
Depois numa ultima tentativa para não dormir na rua mostrei o numero de telefone do hotel e ele mostrou-me o seu Samsung de ultima geração, ok, estamos safos!
Logo ali percebemos que todos os sinais em português são só para decoração ou cumprimento de uma lei que já não faz sentido.

No hotel, depois de várias tentativas desesperadas em várias línguas foi preciso ir á rua chamar uma pessoa para nos entendermos com o recepcionista que só falava chines.
Os nomes das ruas estão em português, no centro há lindas calçadas pretas e brancas a lembrar as nossas cidades,

em qualquer esquina podem-se comprar pasteis de nata ou “portuguese egg tart” como lhes chamam, quentes e bons!

há “mercearias” e bem no centro da cidade há um largo com o edifício da “Santa Casa da Misericórdia”.



Mas a sensação que me deu ao passear por Macau era que todas essas “marcas Portuguesas” estavam ali por mera imposição de uma lei que verdadeiramente já não faz sentido. Senti-me como se deve sentir alguém que regressa a uma casa que já foi sua, mas que agora pertence a outros.
As centenas de Chineses que se passeavam pelas ruas tiravam fotos das ruínas de São Paulo e com o mesmo entusiasmo tiravam também da fachada do edifício da Santa Casa,

comiam um pastel de nata e na mesma loja compravam barbatanas da tubarão secas embrulhadas com um laço para oferta.


Será que algum deles sabe onde é Portugal?

Hoje é Manila Day

29.11.14

Hoje é Manila Day.

Na verdade hoje é domingo mas não passam muitos domingos sem eu me lembrar “daquele” domingo em Hong Kong .


Lembro-me das avenidas limpas e dos fantásticos e modernos prédios revestidos de espelhos, dos andaimes de bambu nas obras e dos “outros prédios” onde realmente se vive.



Lembro-me do mercado de Stanley onde cada loja é uma gruta de ali baba cheia de tesouros (e eu de mochila).
Lembro-me da marina do outro lado da ilha, onde vi os maiores barcos de recreio (e acreditem que já vi muitos), ali mesmo ao lado dos “boat people” que ainda se mantem a viver nos barcos, tantos anos depois de terem chegado a Hong Kong em busca de paz.

Dos mirabolantes antiquários com montras a pedir para entrar e dos carros de luxo com motoristas á porta a aguardar enquanto as lojas estavam cheias, como se fosse acabar o mundo!
De ver um cão a passear de sapatos!

Mas aquilo que nunca na vida me vou esquecer é dos grupos de mulheres que se concentravam nos  pequenos jardins públicos, nas ruas com sentido proibido, nas escadarias dos prédios, tudo servia para ser “invadido”.

De toalha estendida como que a demarcar o espaço de cada grupo de amigas, estas trabalhadoras domesticas internas quase todas vindas das Filipinas e que durante todos os outros dias da semana asseguram as tarefas domesticas nas casas dos mais abastados, ao domingo vigam-se e invadem o espaço “dos outros”, a baixa financeira de Hong Kong .


Ali estavam elas a partilhar a refeição, a ler e até a fazer a pedicura umas das outras, sim eu vi, e não me vou esquecer, porque hoje é Manila day!
beijos.sara.

Hong Kong em vésperas de festa

12.10.14
Na cidade respirava-se um ar de festa e entusiasmo, talvez por ser vésperas de passagem de ano, pensei eu, mas depois também me lembrei que estava na China e isso queria dizer que o ano novo seria só dali a quase um mês.
Mas só em Hong Kong é possível ser asiático e ao mesmo tempo tão ocidental, só em Hong Kong é possível ter decorações de Natal nas ruas e montras, haver fogos no dia 31 de Dezembro e continuar a preparar a grande festa do fim do ano chines com o mesmo entusiasmo de quem ainda não teve festa alguma.

De dia Hong Kong é toda financeira e de grande negócios e não pára de nos lembrar que os ingleses só saíram de lá há muito pouco tempo, na realidade acho que isso é o maior desgosto dos Hong Konguers, como gostam de ser chamados. Mas de noite, a animação é do outro lado, Tsim Sha Tsui ou TST como lhe gostam de chamar, é dominada por mercados de rua e tasquinhas para comer, gente que enche as lojas até á meia noite como se o mundo fosse acabar no dia seguinte.
Os chineses tem uma verdadeira obsessão por oferecer ouro no novo ano e não vos vou esconder que enquanto caminhava pelas avenidas apinhadas de pessoas parei várias vezes para fotografar as montras das ourivesarias.

Não sei a quem se dá tanto ouro de uma só vez, muito menos sei como se guardam ou usam as peças que vi expostas, Já repararam na porquinha com os leitões pendurados?
Por falar em porcos, já tinha fome e começava a cheirar a comida pelas ruas onde andávamos, vamos jantar?

Hong Kong, o primeiro dia

5.10.14
"O que custa mais é o primeiro dia", pensei eu quando finalmente apaguei a luz do pequeno candeeiro no minusculo quarto de Hong Kong. Tinha sido um dia tão cheio que 24 horas não chegaram para nos trazer de casa até ao lugar onde finalmente acabamos o dia.

Tínhamos saído de casa de madrugada, logo depois do natal, ainda a cozinha cheirava a fritos e a mesa da sala tinha muitos pratinhos com pequenas quantidades de quase todos os doces que se tinham comido, digo quase todos porque os melhores não passaram do dia 25, chovia mas isso que importava para quem estaria preparado para passar os próximos 30 dias de mochila ás costas á merce do tempo.
O carro da nossa boleia parou á porta, muito beijinhos da mãe, muito ladrar da cadela e as nossas 2 mochilas saltaram para dentro da mala do carro mais facilmente do que nós que tivemos de nos aconchegar no lugar traseiro de um carro feito pelas medidas japonesas.
Não me lembro do transito, nem do aeroporto de Lisboa cheio de pessoas que viajavam para Angola, nem me lembro sequer do stress para fazer a ligação em Heathrow para o hangar correcto.

Para dizer a verdade as minhas memorias começam quando o avião aterrou em Hong Kong, será isto memória selectiva? talvez!

O aeroporto é demasiado organizado, na longa fila para apresentar o passaporte vieram ter comigo porque os meus pés deviam estar 10 cm mais á frente, mais junto á linha amarela e assim fazer com que as centenas de pessoas atras de mim pudessem andar também mais esses 10 cm ...

Não é fácil entrar na China, mas penso que deve ser mais difícil sair.

Fui pouco a pouco sendo surpreendida pela novidade.
Primeiro as máscaras, 8 em cada 10 pessoas que via, não ocidentais claro, usavam mascaras na boca a lembrar que ali muitos morreram com a gripe asiática e por isso também o controlo de temperatura corporal, um balcão central discreto por onde todos passamos e sem nos darmos conta regista a nossa temperatura, quando me apercebi daquilo dei graças por não estar constipada :)

Depois a organização, vinha com a ideia pré-concebida de uma China desorganizada e barulhenta, mas nada disso, a cada passo logo nesse primeiro dia vi que Hong Kong ia ser uma boa surpresa, o autocarro no exterior do aeroporto arrancou assim que nos sentamos, na longa Nathan Road apinhada de gente a nossa paragem era realmente onde eu tinha pensado e finalmente o lugar onde íamos dormir passadas quase 40 horas existia realmente!
"sara agora estás cá, aproveita", pensei eu antes de dormir.

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