Porque fui a Compiegne / why i went to Compiegne

13.6.11
"às onze horas do dia onze do mês onze de 1918..." foi assim escrito o texto do armisticio que colocou fim à primeira guerra mundial, aquela que todos diziam não se iria repetir...
Foi escolhido um local sossegado, uma Floresta, mais propriamente uma clareira de uma floresta em Compiegne, cerca de 100 km. de Paris.
Os Franceses representados pelo general Foch foram até ao local numa carruagem propositadamente transformada para o efeito (construiram-se tambem os carris até ao local).
Hoje esse dia ainda é comemorado como o "dia da Lembrança"
A derrota da Alemanha foi encarada como humilhante por várias situações que se passaram nesses 3 dias de Acordos e Tratados mas acima de tudo porque depois de tudo assinado e nos meses seguintes foi construido nesse mesmo sitio um monumento em que é retratada a "águia Alemã" morta pelos povos livres. Ao lado uma pequena placa com a mensagem:
"Aqui no dia 11 de Novembro de 1918 sucumbiu o orgulho criminoso do imperio Alemão conquistado pelos povos livres que tentou escravizar" No centro dessa clareira da Floresta estáva a estátua do General Foch.
Os anos passaram e quando a França já sem força decidiu assinar o Armisticio da segunda Guerra, colocando-se assim á mercê da Alemanha Nazi, Foi Hitler que escolheu o local, Compiegne pareceu-lhe uma escolha lógica!
Voltou á clareira, desta vez era ele e os seu comandantes que vinham na Carruagem...a mesma simbolicamente retirada do museu onde repousava para voltar a ser o icone do momento.
A clareira cheia de simbolos de liberdade e aclamando quem naquele momento se dáva por vencido assistiu mais uma vez à assinatura de um Armisticio.
O monumento com a águia foi destruido, a pequena placa comemorativa levada para um museu do Reich, as árvores da floresta cortadas, só foi deixado o general Foch, de pedra, no centro da clareira agora destruida e cheia de lixo propositadamente deixado no local.
Hoje tudo foi reconstruido, o monumento da águia, a placa que ficou destruida na Alemanha, toda a floresta foi replantada e ordenada pelos prisioneiros de guerra Alemães.
A carruagem levada para um museu em Berlim e destruida nos ultimos dias de bombardiamentos foi reconstruida e colocada num museu.
Mas "A Clareira de Compiegne" como é chamado a este sitio histórico é um local triste, só a natureza grita a sua presença, cheia de vida no seu interior.
Era muito cedo da manhã, ainda estáva aquele frio humido e carregado de cheiro a terra, não havia turista, não havia ninguém, só nós 2, ali naquele local que foi origem de mensagens tão esperadas pelo mundo e destino de preces em tantas linguas.
beijos.sara.

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